Oficinas:
Hortas e Agroflorestas Urbanas

Arte horizontal Corredor (1)

Resumo das Oficinas Hortas e Agroflorestas Urbanas

Datas: 05/05, 19/05, 26/05/2021, via transmissão ao vivo.

O ciclo de oficinas de Hortas e Agroflorestas urbanas construído em parceria com a  Câmara dos Vereadores de Piracicaba, a Escola do Legislativo, a Rede Leste Paulista de Agroecologia, a Casa do Hip Hop de Piracicaba, o Programa Redemoinho e a ARA!Pira, realizaram três oficinas para levantar a discussão sobre as Políticas Públicas necessárias para fomentar hortas e agroflorestas urbanas para o município de Piracicaba. 

O evento foi transmitido de forma online via plataforma Zoom, com link enviado previamente aos inscritos e, também, foi possível assisti-lo através de live pelo canal Escola do Legislativo no YouTube. Confira como foi a programação: 

Programação

Dia 05/05: Experiências municipais e Políticas Públicas para hortas e agroflorestas urbanas

  • Nancy Thame (SEMA) – Panorama e Possibilidades para Agricultura Urbana em Piracicaba
  • Flávio Gandara (Corredor Caipira/ ESALQ/ USP) – Agroflorestas Urbanas e Políticas Públicas
  • Marco Antonio Alves Jorge/Kim e Marilza Gomes (Prefeitura de Americana) – A experiência de implementação da Política Pública de Hortas Urbanas no município de Americana SP
  • Perguntas e diálogos visando captar elementos importantes para a construção da política pública/ lei de Hortas e Agroflorestas Urbanas de Piracicaba
  • Encaminhamentos

Dia 19/05: Participação social, segurança alimentar e juventude

  • Francisco Corrales (Embrapa Meio Ambiente/Rede de Agroecologia do Leste Paulista) – Agricultura urbana nos municípios da Rede de Agroecologia do Leste Paulista
  • André Ruoppolo Biazoti (Coletivo Nacional de Agricultura Urbana) – Coletivo Nacional de Agricultura Urbana: participação social e construção de Políticas Públicas
  • Julia Madeira (Casa do HipHop) – Casa do Hip Hop e a Horta Comunitária: cultura, juventude e segurança alimentar
  • Perguntas e diálogos visando captar elementos importantes para a construção da política pública/ lei de Hortas e Agroflorestas Urbanas de Piracicaba
  • Encaminhamentos

Dia 26/05: Construção de Políticas Públicas para hortas e agroflorestas urbanas para o município de Piracicaba 

  • Silvia Morales e Josef Borges – O papel do legislativo na construção de Políticas Públicas
  • Abertura para discussão de elaboração e encaminhamento de proposta de Política Pública – ELEMENTOS IMPORTANTES PARA CONSTAR E LACUNAS, ASPECTOS A SEREM PESQUISADOS E MAPEADOS
  • Encaminhamentos
    • Formação de grupo de trabalho
    • Lançamento de outro ciclo de diálogos

Objetivos da oficina

  • Contribuir para a agroecologização do território (pano de fundo) e para segurança e soberania alimentar em Piracicaba e região;
  • Criar espaço propício para articulação, mobilização, diálogo e troca de experiências visando a elaboração de uma Política Municipal de Hortas e Agroflorestas Urbanas de Piracicaba;
  • Construir a partir dos diálogos, explanações e trocas coletivas os principais elementos e aspectos a serem considerados na elaboração desta política e Identificar o que ainda deve ser mapeado para que possamos avançar;
  • Oportunidade de aprendermos coletivamente a contribuir para a construção da sustentabilidade e qualidade de vida em nosso território 

Resultados

Como resultado das articulações destes três encontros online, construímos conjuntamente com a participação popular no evento, uma lista de aspectos e elementos importantes a serem considerados desde a elaboração à implementação da Política Pública de Hortas e Agroflorestas Urbanas de Piracicaba:

Em relação ao conteúdo da Política Pública: 

Agroecologia

  • Garantir uma agricultura urbana de base agroecológica;
  • Eventos de Trocas de sementes e mudas;
  • Diversidade de produção;
  • Produção de mudas agroecológicas;
  • Assistência Técnica Gratuita Agroecológica;
  • Formação de equipe da prefeitura para este tipo de Assistência Técnica;
  • Insumos agroecológicos;
  • Eventos de trocas de experiências
  • Infraestrutura;
  • Disponibilização de insumos e ferramentas;
  • Maquinário adequado – agroecológico;
  • Infraestrutura básica de ligação de água, banheiros, cozinha e outros;
  • Integração dos Resíduos de podas Urbanas – Composto orgânico.

Educação

  • Programas de educação continuada, permanente, articulada e com a totalidade dos habitantes e atores sociais (tema hortas e agroflorestas urbanas agroecológicas);
  • Articulação com a secretaria municipal de educação, diretoria de ensino e escolas;
  • Considerar o potencial educador das hortas e agrofloresas comunitárias e institucionais.

Gestão da Política Pública

  • Instrumentos de decisão e avaliação coletiva – Transparência;
  • Estabelecimento de metas e indicadores sócio- econômicos- ambientais e culturais.

Áreas públicas e privadas

  • Incentivos Fiscais para áreas privadas;
  • Importância das áreas privadas para a cobertura “verde” do município;
  • Cessão de áreas públicas;
  • Criação de fundo de investimento em hortas e agroflorestas – economia com a manutenção de áreas públicas;
  • Regularização e documentação do uso das áreas públicas por coletivos e comunidades – garantia;
  • Hortas Comunitárias;
  • Hortas individuais;
  • Hortas institucionais.

Gestão e organização das hortas

  • Garantia do protagonismo das comunidades, famílias e coletivos de agricultores;
  • Criação de estratégia e apoio para associativismo e cooperativismo.

Economia, geração de renda, segurança e soberania alimentar

  • Elaborar esta política como estratégia sólida de segurança e soberania alimentar para famílias em situação de vulnerabilidade, mas também para toda a população Piracicabana;
  • Criação de estratégias de comercialização;
  • Processamento (embalagem e armazenamento);
  • Incentivos para as compras públicas (PNAE, PAA);
  • Incentivos a pequenos produtores;
  • Incentivos a feiras e mercados populares para a produção chegar a população;
  • Deixar evidente de onde sairão os recursos para a implementação da política.

Em relação ao o que é imprescindível acontecer em seu processo, desde sua elaboração à sua implementação:

Participação Popular:

  1. Processo com ampla participação popular;
  2. Consultas públicas;
  3. Integração dos Conselhos Municipais com temáticas relacionadas;
  4. Estratégias de controle social;
  5. Comissão gestora do Programa;
  6.  Trabalho em Rede;

Outros Aspectos:

  1.  Participação de especialistas na área de hortas e agroflorestas urbanas;
  2. Viabilização de orçamento;
  3. Mapeamentos da situação existente;
  4. Articulação com o executivo e legislativo;
  5. Ampla divulgação para a sociedade;
  6. Integração com legislações já existentes;
  7. Integração com diferentes setores da sociedade e dos poderes públicos (atuação intersetorial) – destaque para assistência social;
  8. Para a elaboração da política integrar com políticas intersetoriais, por exemplo a politica de segurança alimentar;
  9. Definir abrangência da Política Pública (qual tipo de área – privada, pública, áreas destinadas a equipamentos públicos);
  10. Produção para auto consumo ou comercialização;
  11. Estabelecer os pontos que justificam a Política Pública (ex. conservar a biodiversidade, segurança alimentar, gerar trabalho e renda, aumentar a permeabilidade do solo, implantar áreas verdes, e outras);
  12. Definir forma de oficialização (vai ser uma lei?, diretriz? parte do Plano Diretor?);
  13. Quais informações existem disponíveis para implantar e monitorar a Política Pública? Quais ainda são necessárias?
  14. Como seriam as consultas públicas para estruturar/definir essa Política Pública?

Encaminhamentos

Será realizada uma oficina de 4 encontros de 2 horas para a formação de um Grupo de Trabalho (GT) de elaboração desta Política Pública. Este GT deve: 

  • Ser um grupo com diversas representações: Legislativo, Executivo, conselhos, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, Universidade, interessados, agricultores, educadores, dentre outros agentes da sociedade; 
  • Complementar e aprofundar os tópicos construídos aqui;
  • Analisar as políticas já existentes no município para possível integração;
  • Analisar estratégias de maior participação popular nas diferentes etapas;
  • Pesquisar referências de outros municípios;
  • Levantar informações e mapeamentos sobre o território;
  • Escrever o texto da política pública para ser apresentado no Fórum de Sustentabilidade em Setembro na Câmara de Vereadores de Piracicaba.

Se você tem interesse em fazer parte deste GT e somar forças neste trabalho, participando da próxima oficina (ainda sem data oficial), clique no botão abaixo e preencha o formulário de interesse de participação